Me chamou muito a atenção uma reportagem na revista Le Monde Diplomatique chamada "Os conflitos climáticos". Muito geográfico!
O artigo era sobre como uma seca no leste chinês e o aquecimento global poderiam ter influenciado as revoltas no Oriente Médio - entre 2010 e 2011 - conhecidas como Primavera Árabe. O aumento da temperatura média global tem gerado o deslocamento de chuvas e desertificação em áreas com chuvas já escassas. De 2006 a 2010, na região que compreende o Iraque, Síria, Líbano, Israel e Jordânia, houve uma grande seca e que quebrou boa parte da produção agrícola. Isso fez com que dezenas de milhares de camponeses se deslocassem para as cidades em busca de sobrevivência, aumentando as tensões urbanas, o desemprego, a pobreza e provocando a insatisfação contra os governos locais.
A SECA NO LESTE CHINÊS E O PÃOZINHO NO EGITO
http://extremes-fdksyn.blogspot.com.br/2012/03/maior-tempestade-de-areia.html |
As mudanças climáticas globais têm alterado os ciclos produtivos do planeta e deslocamentos em massa em função disso vêm acontecendo, segundo o IPCC (Painel da ONU sobre mudanças climáticas).
Porém, os órgãos oficiais que tratam de refugiados têm se negado a chamá-los de 'refugiados climáticos', afirmando que não se têm dados precisos sobre o motivo do deslocamento das pessoas.
Se o ser humano tivesse consciência que acumular muito dinheiro não lhe dá segurança plena e que o certo seria fazer a moeda circular, não se teria tantas pessoas ameaçadas pela fome; inclusive os ricos.
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