Barak Obama assumiu a presidência dos Estados Unidos em 2009. Ele defendia a retirada das tropas do Iraque e a diminuição das intervenções militares nos países do Oriente Médio e norte da África. 2009 foi também o ano seguinte ao da maior crise dos EUA desde as duas crises do petróleo na década de 1970. Ou seja, não tinha dinheiro para manter a presença massiva do exército e da aeronáutica na região. Não teve outra saída: diminuiu sensivelmente os efetivos militares e passou a pensar duas vezes antes de se meter em outras encrencas. Obama evitou, por exemplo, dar ouvidos ao Primeiro-Ministro iraquiano, Nouri al-Malik, que pedia a intervenção estadunidense para evitar protestos civis e o fortalecimento da oposição.
A conclusão de Obama é que as intervenções militares sem o amadurecimento político não tem ajudado a fortalecer a democracia na região. Acho que especialistas de relações internacionais do mundo inteiro desconfiavam disso. Mas não nos EUA. A próxima administração da Casa Branca deve voltar a aumentar os efetivos militares no Oriente Médio e no norte da África, aumentando a violência.
Países onde aconteceram a Primavera Árabe (entre 2010 e 2011) e a intensidade das manifestações |
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