Este mapa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra a distribuição das populações indígenas no Brasil. Acho que não existe estado sem a presença dos povos nativos das Américas. Embora a onipresença indígena, as marcas do colonialismo são muito fortes: assassinatos, conflitos com fazendeiros não-resolvidos pelo judiciário, falsa autonomia sobre
Mas em 2014 foram 138 assassinatos, 135 suicídios (associados à falta de perspectiva) e 785 mortes infantis por falta de atendimento médico e condições sanitárias. Isso numa população de pouco mais de 800 mil pessoas. A legislação avançou, mas de maneira geral, a relação dos povos europeus com os povos nativos continua sendo violenta e colonialista.
as terras, demarcações incompletas, etc.
Outro exemplo da relação desigual dos indígenas com o Estado brasileiro é a "tutela indígena", termo que começou a cair em desuso apenas na Constituição de 1988. O Estado brasileiro, antes, considerava os índios incapazes de conseguir aprender o que os homens brancos aprendiam, ou
seja, não tinham a sua capacidade intelectual plenamente desenvolvida. Uma lei de 1962 dizia que "Os silvícolas ficarão sujeitos ao regime tutelar, estabelecido em leis e regulamentos especiais, o qual cessará à medida que se forem adaptando à civilização do País". Quer dizer, ou aprendia a ser
cristão ou seria considerado como um animal (ou pior, um eterno retardado).
A Constituição de 1988 finalmente reconhecia a civilização indígena como completamente desenvolvida, mas ainda com certas restrições de autonomia da terra, mas dessa vez por questões econômicos e não raciais. A nossa Carta Maior buscava substituir o paradigma da "integração" para
o da "interação". Um exemplo da preocupação econômica da exploração de terras indígenas é o parágrafo 3º do Capítuo VIII da Constituição de 1988:
CAPÍTULO VIII
DOS ÍNDIOS
§ 3º - O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.
Mas em 2014 foram 138 assassinatos, 135 suicídios (associados à falta de perspectiva) e 785 mortes infantis por falta de atendimento médico e condições sanitárias. Isso numa população de pouco mais de 800 mil pessoas. A legislação avançou, mas de maneira geral, a relação dos povos europeus com os povos nativos continua sendo violenta e colonialista.