segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Trecho da entrevista de uma grande mulher que ajudou a construir a história do samba no Brasil!


E também dar uma olhada no site Pragmatismo Político que noticia fatos que não aparecem na grande mídia!




Em seu novo CD, a letra “Chega” é visivelmente feminista. Por que é raro o samba dar voz a mulheres?

BETH CARVALHO: 
O mundo, não só o samba, é machista. Melhorou bastante devido à luta das mulheres, mas a cada cinco minutos uma mulher apanha no Brasil. É um absurdo. Parece que está tudo bem, mas não é bem assim. Sempre fui ligada a movimentos libertários.

De que forma o samba é machista?

BETH CARVALHO:
 A maioria dos sambistas é homem. Depois de mim, Clara Nunes e Alcione, as coisas melhoraram. O samba é machista, mas o papel da mulher é forte. O samba é matriarcal, na medida que dona Vicentina, dona Neuma, dona Zica comandam os bastidores da história. Eu, por exemplo, sou madrinha de muitos homens (risos).

A senhora é vizinha da favela da Rocinha. Como vê o processo de pacificação?

BETH CARVALHO:
 Faltou, por muitos anos, a força do estado nestas comunidades. Agora estão fazendo isso de maneira brutal e, de certa forma, necessária. Mas se não tiver o lado social junto, dando a posse de terreno para quem mora lá há tanto tempo, as pessoas vão continuar inseguras. E os morros virarão uma especulação imobiliária.

Nenhum comentário:

Postar um comentário