A ideia central do processo de Globalização é uma diminuição da "dureza" das fronteiras de cada país, de modo que se aumente gradativamente a circulação de pessoas, ideias e mercadorias, aproximando culturalmente os diferentes povos do mundo. Esse movimento vem se desenhando desde as grandes navegações no século XV, quando o sistema econômico das Américas passa a interagir com os outros continentes (ainda que de maneira extremamente violenta).
De lá para cá, o processo de industrialização passou por diversas etapas de expansão tecnológica e territorial, espalhando-se mundo afora. Durante a Guerra Fria e o mundo bipolar o avanço da globalização deu uma diminuída, mas retomou com toda força na década de 1990 com o fim da URSS. Então, inicialmente a retomada da globalização teve um recorte multicultural, com o fortalecimento da ONU, dos blocos econômicos e de algumas outras instituições internacionais como a OMC (antigo GATT), criação Tribunal Penal Internacional, o G20, e algumas outras. Mas a liderança americana também puxou para uma "unipolaridade", onde somente os EUA se colocaram como sendo os únicos capazes de puxar a locomotiva da globalização, o que gerou um certo desconforto entre seus aliados europeus e asiáticos.
E a crise financeira de 2008 agravou este quadro, fazendo com que os países, individualmente, tenham aumentado o protecionismo de seus mercados, aumentado a proteção militar de suas fronteiras e de seu comércio internacional e, o que é mais grave, têm diminuído a participação nos organismos internacionais multilaterais.
Em suma, a Globalização está recuando e a tensão está aumentando!