É o nome que se dá para o aquecimento acima do normal da temperatura da água do oceano Pacífico, mais precisamente na zona do Equador, como mostra a elipse na imagem abaixo:
O aquecimento das águas do Pacífico nesta região acarretam um enfraquecimento dos ventos alísios, que vão na direção leste-oeste (a corrente do Peru).
O fenômeno El Niño é considerado normal pelos cientistas, mas a sua intensificação não. Estas alterações climáticas são causadas pelo excesso de emissões de gases poluentes na atmosfera, como o CO2 (gás carbônico) e o gás metano. Estes gases são emitidos tanto pela indústria quanto pelo rebanho bovino (estimado em cerca de 1 bilhão de cabeças em todo o mundo). E, este caso, não podemos esquecer, também, que o oceano Pacífico está entre as maiores zonas industriais do mundo: China e Japão a oeste e os EUA a leste.
Associado a isso, o desmatamento das grandes florestas faz diminuir a evapotranspiração da superfície terrestre, tendo como consequência maiores alterações climáticas: desertificações, chuvas torrenciais, etc. A evapotranspiração ajuda a manter a umidade do ar, que é um componente muito importante na manutenção da temperatura de uma determinada região. Quanto menor a umidade, maiores são as variações de temperatura.
Como consequências do aquecimento do Pacífico, temos:
- secas severas no Nordeste e diminuição das chuvas nas região Norte do Brasil.
- No Centro-Oeste o sul, com maior influência do clima sub-tropical está mais chuvoso e o norte com suave diminuição das chuvas.
- Na região Sul, há grande aumento na quantidade de chuvas e que causaram, agora na primavera de 2015, prejuízos incalculáveis pelas perdas humanas e pelo deslocamento de população.
- Na região Sudeste há sensível aumento da temperatura, mas não necessariamente aumento das chuvas.
Como solução em nível mundial, a ONU tem reunido lideranças políticas anualmente para buscar soluções para diminuição da emissão de gases e do desmatamento, diminuindo o impacto da nossa produção industrial e alimentícia. Um passo importante que já foi dado é o da "responsabilidades comuns, mas diferenciadas", onde os países industrializados reconhecem a sua maior responsabilidade sobre os danos ambientais. O próximo encontro será em Paris, em dezembro de 2015.
imagens:
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