Os grupos industriais do Brasil estavam reclamando que a produção de produtos manufaturados (bens de consumo como computadores, geladeira, carro, vestuário, etc.) vem num ritmo tipo jabuti em terra firme, a 0,5 km/h. Pois então, eis o remédio: a alta do dólar.
Para uma indústria crescer e se expandir ou aumentar a produção é necessário um empurrãozinho, seja investimento, empréstimo ou uma super demanda extra (o que for mais acessível e às vezes esses empurrõezinhos se somam também).
Como a crise internacional não permite nem empréstimos razoáveis nem investimentos vultosos, resta criar a super demanda. E aí vem o preço do dólar.
Com o preço do dólar beirando os R$ 4,00, fica muito caro comprar os manufaturados no exterior e a demanda interna brasileira acaba se voltando para a indústria doméstica.
O ministro Armando Monteiro publicou que a balança comercial brasileira deve fechar o
ano de 2015 com saldo positivo de mais de US$ 15 bilhões e dobrar o
resultado no ano que vem. As exportações de manufaturados para os Estados
Unidos já registram crescimento de 5% neste ano.
O nome deste movimento é "SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES". Substituir importações significa substituir pela produção interna, por produtos brasileiros. A alta do dólar como uma ferramenta para impulsionar a produção industrial interna é uma política que começou la na Era Getúlio Vargas, na década de 1930, e foi muito utilizada em outros países da América Latina, como Argentina, Chile e México.
A política do nacional-desenvolvimentismo vem forte contra o liberalismo!